sexta-feira, 16 de março de 2012

Comitiva saudade

        Quando os viajantes aqui passarem e perguntarem pelo homem que habitava estas terras, não digam que ele morreu, falem apenas, que ele durou, existiu! Não morreu, porque foi feliz, já não vive, pois o destino assim é traçado.
        Entre os espinhos ele se criou, para merecer as rosas que vieram, e aquela que foi a mais bela, trouxe-lhe a vida, que a vida não lhe deu.
        O vento na estrada, já apagou a marca do seu sapato, depois, a terra da qual veio, o consumirá, e toda a sua existência será apagada, como a cigarra e seu canto, ao cair da última folha de outono.
        Mesmo assim, ei de dizer. Nos corações dos companheiros da alvorada, as velhas histórias se encontrarão presentes nas noites frias. Os seus amores, produzirão frutos, que farão com que a poeira da estrada, nunca esqueça, o pisar incessante, daquele que ao preço do sangue e suor viveu... E renasceu.

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